Yu Yu Hakusho - Capítulo 6

Capítulo 6 - 1º Temporada – Reconciliação – Parte 2 – A fuga!

FLASH BACK ON
Hiei: (Acho que estou perto de domar a fera...)
FLASH BACK OFF

Hiei: Daiane...
Daiane: O que foi?!

Ela falou de forma ríspida e levemente corada.
Hiei: Você vai me deixar terminar o curativo no seu joelho, ou não?
Daiane: Hum?!

A garota olhou para Hiei, super furiosa e com o rosto levemente rubro. Ela o encarou por alguns poucos segundos antes de se decidir.

Daiane: Ta bem vai!

Hiei pegou uma das faixas que havia feito e começa a enfaixar a região do joelho ferido. Depois de alguns instante, um pensamento veio a tona na mente da garota, o que a fez ficar meio furiosa.
Daiane: Hmp! Olha bem onde vai botar essa mão, heim?!
Hiei: Isso não é nada...
Daiane: Como assim?!

Falou ela, em alta voz.
Hiei: Eu sei que você tem um ferimento mais grave que esse na sua coxa direita.
Daiane: Co-como você sabe?
Hiei: Ah, você não vai querer me enganar, vai?

Ao dizer isso, o Jagan brilha sobre a faixa em sua testa. Devido a tanto cinismo, uma veia latejou forte sobre a cabeça da garota.
Daiane: Hump! Exibido!

Logo ele terminou aquele curativo e preparando-se para o próximo. A garota mau conseguia conter seu nervosismo, e para isso, apoiou sua cabeça na parede e mirou seus olhos para cima.
Hiei: Me mostra o seu braço esquerdo...
Daiane: (Hum?)

Ela olhou para o seu braço, mas este estava coberto pela manga da jaqueta.
Hiei: Tire a jaqueta.
Daiane: Tudo bem! Já vou tirar!

Mesmo contra a sua vontade ela desapoiou suas costas da parede, fechando seus olhos com força, ainda meio irritada, e começou a retirar a jaqueta. Essa pequena ação fez Hiei corar levemente. Mesmo a conhecendo a um bom tempo, nunca a tinha visto sem a jaqueta, ou seja, somente com o tope. Por outro lado, ela parecia mais calma agora, e olhou para Hiei de uma maneira séria, mas meio provocadora.
Daiane: Que foi?
Hiei: Hã? Ah, não foi nada.

O Koorime pegou outro pedaço de faixa, colocando um pedaço em sua boca, para assim, melhor firmar o curativo no braço da garota. Ela havia notado de cara o comportamento estranho dele, mas não se deu o trabalho de se incomodar com isso.

Rapidamente ele termina o curativo do braço.
Daiane: Acabou, não é?
Hiei: Não, ainda não.
Daiane: Hum?!
Hiei: Ainda falta a sua coxa direita...
Daiane: O que?!

Quando Hiei iria começar com o curativo, a garota colocou sua mão trêmula sobre o joelho do mesmo e apertou nervosamente. Ele se espantou com a ação dela, olhando para a mão da garota, sem entender.
Daiane: Hiei...
Hiei: Hã?

Ele então olha para ela, esta que estava cabisbaixa, quase tão trêmula quando a própria mão. Seu rosto vermelho e sua boa hesitante procurava as palavras para dizer.

Hiei: O que houve?
Daiane: ...não... não faça isso... por favor...
Hiei: Hm?

Foi então que uma lágrima sai dos olhos de Daiane, uma lágrima tão densa e pesada que parecia que iria fazer um enorme barulho ao se chocar com o chão. Mas não fez. Essa lágrima silenciosa já dizia muitas coisas para ele.

Daiane: Tudo bem, eu entendo você.
Daiane: Entende?
Hiei: Claro. Se não se sente pronta para receber o toque de minhas mãos nessa área da perna eu entendo.

Uma veia surgiu na testa da mesma.
Daiane: Grrrr!! Esqueceu que ainda estou zangada com você?!

Furiosa, ela se vira contra ele, porém, esqueceu completamente do ferimento em suas costas, o que inevitavelmente Hiei percebeu.
Hiei: Hã? O que é isso nas suas costas?
Daiane: Que?! Ah, você notou é?
Hiei: Como não notaria um ferimento desses? Vou esterilizar esse machucado, e nem adianta negar.
Daiane: Relaxa! Não vou fazer nada para impedir!

Falou ela, rispidamente. Mesmo furiosa com ele, Daiane se sentia de certa forma, grata por ele ter se preocupado, mesmo achando isso extremamente estranho da parte dele. Sem que percebesse, ele havia terminado o trabalho. Hiei olhou para ela e a viu tremendo.
Hiei: Está com frio?
Daiane: É lógico que eu estou com frio! Já que você rasgou a minha calça quase inteira! E a minha jaqueta também já era.
Hiei: Espere um minuto...
Daiane: Hã?

Ele saiu dali por alguns instantes, mas logo voltou.
Hiei: Veste isso.

Hiei joga para ela um de suas capas negras.
Daiane: Hã? Sua capa? Mas afinal, quantas você tem?!
Hiei: Várias. Sou um lutador, esqueceu?
Daiane: Ah! Eu vou dormir.

Ela tentou se levantar, porém, seus ferimentos falaram mais alto e a impediram.
Hiei: Eu te ajudo.
Daiane: Nem pensar!

Ele fechou os olhos suavemente.
Hiei: Tudo bem, então dorme aí no chão mesmo.
Daiane: Hã?

Super furiosa e com o rosto meio rubro ela mudou de ideia.

Daiane: Está bem! Está bem! Mas vai ser só desta vez!
Hiei: Hmp!

O Youkai ajudou a garota a se levantar puxando-a pelo braço que não estava ferido.
Daiane: Certo... eu vou daqui em diante!

Hiei apenas sorriu com a atitude besta que ela estava tendo perante a situação.

            No dia seguinte, Hiei, que dormia sobre alguns dos revestimentos dos andares do prédio, abriu seus olhos lentamente ao perceber que o dia havia nascido. Ele mirou seus olhos para baixo, na direção onde Daiane havia dormido, porém, não a encontra lá.
Hiei: Hã?!

No mesmo instante ele desceu de onde estava e saiu correndo rapidamente para fora do prédio.

Hiei: (Droga! Ela sumiu?! Mas aonde ela poderia ir na situação em que ela estava ontem?! Grrrrrh!!)

            Enquanto isso, na casa de Kuwabara...
Kuwabara: Então é verdade, a Daiane está na casa do Hiei?
Kurama: Foi o que eu soube.
Yusuke: Será que ela ainda está zangada com ele, Kurama?
Kurama: É bem provável que sim Yusuke. Conhecendo ela como eu conheço, ela vai demorar até amansar.

            Nisso Kuwabara une as mãos, rezando.
Kuwabara: Oh meu Deus, coitadinho dele.

            Nesse momento, na floresta que cercava a cidade, Hiei seguia saltando sobre as árvores super rapidamente a procura da garota.
Hiei: (Pensa: Onde mais ela estaria agora? Será que ela voltou para casa? Não, acho que não. Será que ela... É isso! É bem provável que ela esteja treinando no deserto! Ah não! Ela vai morrer naquela situação! Ah! Ela tem razão! Que bicho me mordeu?! Estou me preocupando com uma garota?!)
            Mesmo com esse pensamento, Hiei seguiu em frente.

            Exatamente como Hiei havia pensado. Daiane estava no deserto. Porém, não estava sozinha. Ela encarava alguém seriamente.
Daiane: E então... pronta para a luta, Akane?

Akane apenas sorriu com a pergunta aparentemente tola de sua adversária.
Akane: Eu sempre estou pronta. Mas e você? Parece-me um pouco... Acabada.
Daiane: Acabada é a sua mãe! Você deveria dizer isso para si mesma!
Akane: Ah é?

Ela sorriu novamente e avançou na direção de Daiane.
Daiane: (Hmp! Muito lenta.)

Daiane espera Akane chegar bem próxima a ela e desaparece de repente, o que fez Akane arregalar os olhos de surpresa.
Akane: O que?!
Daiane: E aí?

Akane olha para trás e da de cara com a Saiyajin.
Akane: Hã?!
Daiane: Quem está acabada agora?

A loira da um soco em Akane com o punho esquerdo, fazendo-a voar longe devido ao golpe, porém, ela acabou usando o braço que estava ferido, fazendo a dor se intensificar ainda mais. Akane conseguiu se manter de pé. Ao fazer isso, ela limpa a marca deixada em seu rosto pelo soco dela, mas com isso, ela havia ficado extremamente furiosa.
            A morena avança rapidamente na direção dela e começa a dar uma série de socos poderosos, e devido a fragilidade da Saiyajin, todos os golpes acertaram em cheio, apesar de não possuírem tanta força.

Akane: Ahh! Tome essa! Punhos de Ferro!!

            O punho de Akane ficou envolto de uma expressa cama de ferro negro, e com isso, ela golpeia a adversária fortemente, fazendo-a voar alguns metros.
Daiane: (Droga!)

            Daiane usa a energia espiritual para se equilibrar no ar e evitar chocar-se contra o solo.
Akane: Você é muito fraca! Treine mais e me desafie depois.

Akane se vira de costas para ela e desaparece
Daiane: Droga!

Ela tentou se firmar do solo. As pernas fraquejando devido a forte dor. O suor saindo de seu rosto devido ao sol forte. Com o corpo nesse estado, ela tentou lentamente voltar para a cidade.

Daiane: (Droga! Ela tem razão! Preciso treinar mais! Ou... quem sabe a culpa não tenha sido do meu poder... mas sim do meu estado atual...)

Sem possuir mais forças, a garota caiu no chão inconsciente.

            Em outra parte do deserto, Hiei corria rapidamente, procurando a garota incansavelmente.
Hiei: (Vou usar o Jagan para encontra-la!)

Ele retira a faixa da testa e o Jagan se abre, dentro de alguns instantes ele a encontra.

Hiei: Ela está... Ah! Droga!

            Hiei correu o mais rápido possível até o corpo inconsciente dela.

Hiei: Daiane você está bem? (Droga! Ela é teimosa demais e andou lutando! Vou leva-la para casa.)

            Hiei pegou a garota no colo e desapareceu rapidamente.

            Mais tarde no prédio abandonado...
Daiane: Por que você se meteu, Hiei?! Que droga! Você não passa de um intrometido e se mete onde não deve, sabia!! Você está me ouvindo, droga?!
Hiei: Se eu não tivesse ido você morreria lá, sabia?
Daiane: Hum!
Hiei: Você deveria me agradecer por ter ido te salvar.
Daiane: Ta! ...obrigada...
Hiei: Amanhã você vai estar bem melhor, novinha em folha.
Daiane: Hmp! É bom mesmo! Quero dar umas voltas com o meu skate.

            De repente, ouve-se alguém bater na porta.
Daiane: Hã?

            Como Daiane estava praticamente imobilizada no chão devido aos ferimentos, Hiei vai pessoalmente atender a porta. Tal foi a sua surpresa ao ver de quem se tratava.
Hiei: O que? É você?

CONTINUA. . .